sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Porque é que considero importante a mudança?

Sempre tive necessidade de mudanças, não precisam ser grandes nem radicias mas preciso de mudanças. Gosto de fazer decisões com o objectivo da mudança, pode ser qualquer coisa de somenos importância mas de preferência que ocorra tão rapidamente que não me deixe tempo de repensar a decisão de mudar.

É mais ou menos o que está a acontecer. Mais ou menos, porque desde o momento da decisão até ao concretizar (ou melhor, até se iniciar a concretização) passa quase um mês. E eu sou muito entusiasta, entusiasmo-me rapidamente e com muita força mas depois também me pode passar depressa... É o costume. Quem me conhece bem reconhece-o melhor que eu. Entusiasmo-me e dedico-me com empenho mas ao fim de um tempo e perdendo-se a novidade, aí estou eu a pensar na próxima mudança...


(No último ano, mais coisa menos coisa, sinto que me sentei num degrau da escada, cansada e com pouca energia para continuar a subir. Agora, estou cansada de estar aqui, vou recuperar a energia e seguir viagem! "Para a frente é que é Lisboa!" Vamos?!)


 
Mas não é sobre a minha inconstância que quero escrever, é sobre a mudança que aí vem e porque me entusiasmo com ela e porque não... Vai ser um ano complicado, a ideia da mudança e de investir numa nova maneira de viver o dia a dia é obviamente a de facilitar ligeiramente o ano que aí vem. Poder ter mais tempo para me dedicar ao que é apenas responsabilidade minha e não nossa, poder ficar a trabalhar até mais tarde, poder descansar mais duas horas (aquelas que perco em viagem todos os dias) poder durante 3 dias, não ter a preocupação da casa, das refeições, da roupa, do supermercado, do gasóleo... Não que as tenha sozinha!! Nunca tive desde que partilhamos a nossa casa!! Se as tivesse sozinha nunca teria aguentado 3 anos e meio nesta vida de migrante diária.

Mas a bem dizer também estou entusiasmada com a mudança por poder ter um espacinho só meu, por ser eu a decidir como usar o meu dia e por poder em alguns dias não ser a Kinha do Kaki e ser apenas a Kinha. No geral, não decido coisas sem te consultar, nunca decido por algo que não concordes em pleno, não compro coisas sem ti ou sem o teu aval, é raro ir a sítios sem ti, principalmente se não vais estar ocupado também... Concordo com tudo isto, acho até natural, somos a nossa família, é assim que gosto que as coisas sejam. Também.

Tenho dificuldade em ser uma pessoa meio-termo mas ao mesmo tempo tenho horror a extremos... Com esta mudança quero voltar a procurar o equilíbrio (sempre foi palavra de ordem na minha vida e no último ano tem andado escondida), quero voltar a ter uma identidade além daquela que “depende” de ti. Quero voltar a ter vontade e energia para investir nas minhas coisas, no meu trabalho e nos meus projectos, porque mesmo os projectos que são comuns contigo também são meus projectos e merecem que eu tenha disponibilidade para os observar e preparar para que os possamos concretizar, em conjunto. E quero voltar a ser uma bocadinho eu e deixar-te seres um bocadinho tu.

Não sei se está a ficar claro que parte do processo tem como objectivo unir mais o Nós, porque esse Nós e os Nossos projectos também dependem de que o Eu e o Tu sejam inteiros e verdadeiros e foi assim que evoluimos sempre até eu me deixar enterrar (ou melhor, de eu me ir enterrando sozinha). Por isso, quero reconquistar-me e voltar a ter orgulho em mim para contribuir positivamente para Nós, para que também tu tenhas orgulho em mim e em ser a minha Família.

Porque os próximos planos já os delineamos e depois desta mudança outras virão!
Não é assim? J

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